- Não consigo definir. É complexo demais. Olha-me nos olhos e perceberás...
- Pensas que quero perceber? Provar as tão famosas agonias? Sentir o desgosto de ser rejeitado? Escolho manter-me ignorante.
- Preciso que entendas. Como podes adjectivá-lo sem experimentar? Necessito demonstrá-lo e, aí, terás a capacidade de perceber do que falo. As tão famosas agonias não passam de meras borboletas.
- O medo apodera-se de mim. O meu corpo fica imóvel. Quero amar, mas recuso-me a tal. Se amar, traz sofrimento, significa que tu serias o meu sofrimento. Ideia irónica, não é?
- O medo é para os fracos. Caem na teia da segurança e prolongam-se na eternidade parados, cinzentos e ocos.
- Segurança sabe bem...
- Segurança sabe bem. É confortável. Porém, o amor retribuído é melhor. Queres ser inculto nesse conhecimento?
- Quem me garante um amor retribuido? Quem me dá certezas que irei ter momentos rosados e não cinzentos?
- Não é quem, é o quê. E dou-te a resposta: é isto.
*Beijo* (...)
"Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós."
Nunca deixes que o medo te prive do sentimento mais nobre que existe.
Rita Miguel e João de Lalanda Frazão
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